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Academia não é terapia

Por: Jardineiro Bigode - Em: 10/10/2023
*Esse texto começou a ser escrito em um dia sem a menor disposição para a academia. Quando fui, não terminei nem o primeiro aparelho e voltei pensando em fazer algo mais interessante naquela hora.

Começar a fazer academia foi um ato de luxúria, "ficar gostoso" e foi gostoso acompanhar o meu desenvolvimento. Ver que ganhei braço, ombro, costas e queria mais peito (perna até que eu já tinha bem, pela bicicleta). Aumentou minha autoestima ao mesmo tempo em que passei a ser mais realista.

animação de um cachorro fazendo exercício em uma esteira de forma muito preguiçosa

Também foi terapêutico em alguns momentos. Digo alguns momentos pois têm vezes que é necessário estar "no clima". Tiveram momentos como de rotina corrida em que me forcei a ir, não rendia e saia de lá desapontado. Ou mesmo de estar nervoso, ansioso e sentir o peito apertar de ansiedade durante algum exercício. Aconteceu algumas vezes.

Mas também tiveram momentos em que consegui ir focado em mim e no meu desenvolvimento, esquecer dos problemas, dos trabalhos a fazer pros outros e me tratar de forma gentil, sem me exigir algo inalcançável e mesmo assim malhar de forma a ver que evolui, que aos poucos vou ganhando resistência e, com mais ou menos peso, completo a série de exercícios proposta e saio de lá satisfeito comigo mesmo.

A academia não é terapêutica, em situações torna-se mais um peso desses a se autocobrar. Ela é vantajosa mas faz parte de uma relação em que as vezes tranquiliza e as as vezes a mente está tão pesada que não dá. Aí o exercício vira mais um peso. Não adianta evoluir o físico se a mente está uma bosta.



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